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7 de janeiro de 2009

Só o rock salva!

Estava eu em casa quebrando a cabeça para consertar o sumário do livro de uma amiga. Havia certa melancolia pairando no ar naquela tarde. Jurureza, é como eu costumo chamar a nociva associação espontânea do tédio com improdutividade criativa. Meu irmão tinha acabado de ‘resgatar’ o The Bends, do Radiohead, em vias suspeitas do UTorrent. Fazia muito tempo que eu não ouvia High and Dry. Como podem imaginar, a fossa ficou completa.

Minha amiga, a Elieth, estava sentada no banquinho ao lado curtinho, distraída, a baladinha. Minha mãe sempre diz: ‘se acaso chegar ao fim do poço, pare de cavar!’. Lembrei desse conselho e a carapuça serviu até o pé. Interrompi bruscamente a música, olhei para a Ely e proferi a frase que, os que me conhecem sabem – vide Sueli, Zwe, Paulo, Raul e afins -, é quase um grito de liberdade: “minha filha, só o Rock salva!”.

Acho que comecei a ouvir alguma coisa do ‘No More Tears’ – alguns vão me criticar, mas é o CD do Ozzy que mais gosto. A Ely, ‘sertanejera’ de marca maior, preparou o habitual olhar de censura. Mas meu ânimo já havia dado um ‘up’ de 180 graus. Ouvi uma frase muito curiosa dela: “Carol, no fundo, todo metaleiro é um romântico enrustido”. Penso hoje que ela pode ter alguma razão, mas na hora não quis dar o braço a torcer.

Eu adoro Rock – de Pantera a Paralamas - e, acreditem, a culpa é toda do Queen e do ‘bendito’ riffe de Bohemia Rhapsody, logo depois da ópera. “Abra seus olhos, olhe para cima nos céus e veja: eu sou apenas um pobre garoto, eu não preciso de simpatia”... Enfim. Eu tinha 13 anos e para esse caminho não há volta. O que parecia impossível aconteceu: em novembro do ano passado, eu compartilhei oxigênio com Brian May e Roger Taylor em um dos melhores shows de minha vida.

Hoje em dia, meu gosto é mais eclético. No MP3 player pulo de ‘Gimme! Gimme! Gimme!’, do Abba, para ‘Fuel’, do Metallica, sem fazer cara feia. Quase uma heresia para quem já viu e ouviu Rush (Morumbi – 2002), Deep Purple, Sepultura e Hellacopters (Pacaembu – 2003). Ixi, a lista é grande. Já vi Oficina G3, Dream Theater, Dio – o rei –, Megadeth, fora os nacionais.

A nostalgia toda – ou antologia musical by myself – é para contar que hoje recebi a notícia de que vou realizar mais um sonho! Além de Elton John, em janeiro, vai ter Black Sabbath, com ninguém menos que Ronnie James Dio nos vocais, em maio! A lista está encurtando... Depois disso, não vai ser impossível ver o Led, o AC/DC, Van Halen...

E, como agora já sabem que só o ‘Rock Salva!’, deixo vocês com a ‘batalha do século’, em que Jack Black e Kyle Gass desafiam o Belzebu para um duelo de rock! A cena é do hilário Tenacious D, de 2006. Aliás, se querem dar boas risadas e ainda serem apreciados com uma p* trilha sonora, fica a dica!






Let the rock off begin!


5 de janeiro de 2009

Até que a ADSL nos separe

Tem dias que acordamos com o humor afrodescente (em quatro anos de graduação, aprendi que algumas expressões carregam carga pejorativa e, como sou politicamente correta na maior parte do tempo, não poderia cometer essa gafe). Um comentário meu no blog de uma grande amiga rendeu o primeiro post do ano. Sempre digo que o define a 'genialidade' - ou caráter cômico - de um texto, poema ou reflexão sobre a vida é a forma irreverente que eventualmente encontramos para descrever alguma situação.

Estava pensando sobre o meu estado de espírito e cheguei a um esboço de conclusão. A minha tecla ‘F*-se’ (maravilhosa, funcional e libertadora) estava quebrada. Emperrou mesmo. Num ato de desespero, dei uma baita pancada nela. E não é que agora a bandida afundou de vez e eu não consigo mais sair do estado de graça? Ops, entendam: não estou reclamando! =)

Para os que ficaram curiosos em saber o desfecho de meu Projeto Experimental, atualizei o quase moribundo Habitat Virtual - com direito a JPGE da capa do livro e prévia do texto de apresentação. Visitem, comentem, desçam a lenha e sintam-se em casa.

Puxa, queria postar um vídeo. Para tudo em minha vida tenho uma trilha sonora adequadíssima. Parece até que premedito as situações de acordo com esta ou aquela melodia. Mas a desavisada aqui foi fazer um grampo do telefone para gravar a entrevista de uma matéria (vulgo, gambiarra das grandes) e minha placa de som cantou a chinela pra cima de mim. Só restou o meu MP3 guerreiro e a divindade das caixinhas de som para celular de meu primo (com saída P2). Alguma coisa tinha que me valer nestas horas, não?

Sem videozinho desta vez. Humpf!

Até breve!