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30 de abril de 2008

Esta é a hora e o local

Hoje é praticamente sexta-feira. O feriado coincidiu com o meu dia da semana predileto, a quinta-feira. As quintas-feiras são mágicas, mas o encantamento atmosférico só é liberado quando a expectativa de “amanhã é sexta” for acionada.

Hoje acordei com algumas dúvidas sérias. Como fazer para me livrar de pensamentos nocivos e viciosos? Como fazer para acreditar, dia após dia, que as coisas irão melhorar? Como prover esses melhoramentos?

Descobri que estou com o olhar condicionado. Que este dia frio e cinza começa a influenciar o meu “bom dia” ao vizinho. Poxa, eu sequer me animei com o fato de amanhã ser quinta (e feriado)! A coisa deve estar feia mesmo.

Saltei da cama e criei um novo mantra. Já é hora de me tranqüilizar. Sim, é chegada a hora de escolher entre ter uma vida de fossa eterna ou quebrar a cara outras vezes. A saudade vai assaltar meus pensamentos novamente, sei disso. Cuidarei dela com carinho.

High Hopes – Pink Floyd

Grandes Esperanças

Além do horizonte do lugar em que vivemos quando criança
Em um mundo de magnetismo e milagres
Nossos pensamentos emanavam constantes e sem fronteiras
O soar do sino da divisão começou

Ao longo da grande estrada e descendo a caminho das causas
Eles ainda se encontram com a corte

Havia um bando de maltrapilhos que seguiam nossos passos
Corremos antes que o tempo levasse nossos sonhos embora
Deixando uma miríade de pequenas criaturas tentando nos amarrar
Ao chão
Para uma vida consumida pela degeneração lenta

A grama era mais verde
As luzes eram mais brilhantes
Com amigo por perto
As noites eram maravilhosas

Olhando além das pontes em brasa resplandecendo atrás de nós
Para ver por um relance o quão verde era o outro lado
Passos tomados adiante mas sonânbulos voltamos
Dragados pela força de uma maré interior
Em alta altitude com bandeira desfraldada
Alcançamos as alturas inebriantes daquele mundo de sonhos
Enclausurado para sempre por desejo e ambição
Existe uma fome não satisfeita
Nossos olhos desgastados ainda fitam o horizonte
Apesar de passarmos tantas vezes por essa estrada

A grama era mais verde
As luzes eram mais brilhantes
O gosto era mais doce
As noites eram maravilhosas
Com amigos por perto
A brilhante bruma da manhã
A água correndo
O rio sem fim

Para sempre e sempre

(Achei a tradução um pouco desconexa e suspeita, mas como ainda não sou 'ingleisuda', fica por isso mesmo)

14 de abril de 2008

Como assim?

Um raio pode sim cair duas vezes no mesmo lugar. Lembram-se do famigerado caso Cicarelli versus Youtube, que causou o bloqueio do acesso ao site no ano passado, durante um dia, para usuários brasileiros? Dessa vez, blogueiros aderem manifesto virtual para evitar que ocorra o mesmo com o Wordpress.

A cogitação de bloqueio do provedor de ferramentas para blog Wordpress tem gerado manifestos desde semana passada. O caso é muito parecido: por conta de um, todos pagam. Ao que consta, a diferença está no fato do processo correr em segredo de justiça (possivelmente, por causa de uma denúncia por difamação), ninguém saber qual é o blog (hospedado no Wordpress) e tão pouco a razão para o bloqueio.

A ABRANET (Associação Brasileira de Provedores de Internet) explica que, para que a decisão judicial seja cumprida, os provedores terão que bloquear o acesso a todos os blogs hospedados pelo serviço. Qualquer semelhança não será mera coincidência. Eduardo Parajo, presidente da associação, em entrevista para o G1 explicou: “ordem judicial não se discute, se cumpre. Mas, como não é possível bloquear especificamente o endereço solicitado, o acesso a todos os sites com a extensão wordpress.com será impedido no Brasil”.

Fica fácil prejudicar tantas pessoas de uma maneira arbitrária como esta. Que o bom senso apareça hora ou outra. Enquanto isso, diga Não ao Bloqueio!

7 de abril de 2008

Aproveitem o sol, enquanto há!

Ainda estou sob efeito do espetáculo que assisti no sábado, Parem de Falar Mal da Rotina, de Elisa Lucinda. Mas este merece um post especial, que trará uma grande surpresa. Quem disse que não me divirto enquanto trabalho?

Por enquanto, deixo minha lembrança ao mestre Cazuza, que na sexta-feira passada (04/04) imaginariamente comemorou 50 anos! Se a vida é, como diria Elisa, um grande filme, composto de cenários e coadjuvantes e do qual somos protagonistas, a trilha sonora de minha próxima cena seria “Codinome Beija-Flor”, aliás, recitada por Elisa na peça.

E ainda me apropriando das palavras dela: “Aproveitem o sol, enquanto há!”.

Uma excelente semana para todos!


Codinome Beija-Flor

Composição: Cazuza, Reinaldo Arias e Ezequiel Neves

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor