Intacto
Não faço pra te aborrecer
Nem eu me entendo direito
Meu jeito não dá pra prever
Às vezes dá defeito
Não tô triste nem tô "deprê"
Apenas estou sossegado
Não há o que esclarecer
Não há nada errado
Às vezes o silêncio tapa os buracos
E o amor prossegue intacto
Já sei o que vai me dizer
"Você é muito enigmático"
Tem toda razão, pode crer
Não sou nada prático
Mas deite aqui perto de mim
Vamos acalmar num abraço
Gostar geralmente é assim
Nunca é sempre fácil
Às vezes o silêncio tapa os buracos
E o amor prossegue intacto
Jair Oliveira
29 de setembro de 2006
28 de setembro de 2006
Para a inauguração do espaço, segue um poema que, dentro de toda a 'minha pluralidade', também encontrou seu abrigo:
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo,
assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
Cecília Meireles
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo,
assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
Cecília Meireles
26 de setembro de 2006
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