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19 de agosto de 2007

devaneios...

Veja lá se isso são horas para estar tão inquieta. Os sentimentos afloram na pele. Será puro efeito de uma adaptação cinematográfica de um romance épico que acabei de assistir? Acabo de ficar em duvida sobre se devo ou não continuar. A ansiedade não me deixará ser discreta e tenho medo do potencial para crueldade que parece adormecer dentro de nós.

Alguma coisa precisa sair, mas não tenho condições de prever sua forma. Reflexo de alguma crise existencial mal curada? Também não duvidaria. É incrível como perdemos tempo com uma série de sensações que, de tanto reprimidas, perdem sentido e forma e se transformam num vazio que cresce no peito.

flor da pele

Ando tão à flor da pele,
Qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele,
Que teu olhar "flor na janela" me faz morrer

Ando tão à flor da pele,
Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele,
Que a minha pele tem o fogo do juízo final

Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras suicido

Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que não acredito mais em você
Eu não preciso de muito dinheiro
Graças a Deus
Mas vou tomar aquele velho navio
Aquele velho navio

(Zeca Baleiro)

4 comentários:

Unknown disse...

Só discordo de você em um aspecto:para os devaneios não há espaço metafísico, o tempo não existe e os sentimentos são sempre enlevados....

Márcia disse...

Concordo, não há horário estipulado para devanear... Ainda bem! Adoro esta música do Zeca, ela te uma letra e uma melodia inebriantes.
Beijão!

Anônimo disse...

Há tantos devaneios tolos a me torturar... Freud explica. O que Freud não explica é o que diabos é um pano de guardar confete. Amiúúúúúde...

Lia Drumond disse...

Uh, menina.. Que saudade! Viva muito todos os sentimentos, a vida se encarrega do resto. Há coisas que não podemos evitar. Beijosss