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3 de agosto de 2009

Sobre agosto, o gosto e o causo

Paixão nos deixa assim: monotemáticos e aéreos. Como diria Clarice Lispector, minha favorita, sofro de uma falta essencial de assunto. Mas escrever é preciso. Encantarmos-nos também.

E a vida segue, como se não precisasse de mim. Como se eu estivesse temporariamente desobrigada de descrevê-la, mencioná-la, deixá-los a par.

Tenho tanto causo para contar. Mas não vem ao caso. Escrevo só para constar que estou viva, que estou atenta. Escrevo sobre o frio e sobre o cobertor de orelha. Sobre os dias e sua inalterabilidade.

É mês de agosto. Já é. Posso prever os enfeites natalinos e aquela crise existencial que bate à porta quando pensamos: o ano está acabando. Sim, o tempo passa e as coisas melhoram. Evoluem.

Agosto, por Rubem Fonseca

Um mês de paixões, de gestos de desespero e de loucura.
Um mês de multidões vociferantes nas ruas.
Um mês sombrio de trágicas ilusões,
encerrado pela inalterabilidade do cotidiano – a vida continua.

High Hopes - Pink Floyd





Volto já!

2 comentários:

Sukaine's Heart disse...

Só tenho uma coisa a te dizer: - Huuuummmm....!!!!....aliás duas: - Seeeeei.

...


Feliz por vc nega!

Bjs.


Sú.

Edi Carlos disse...

Mas seria o causo resultado do acaso?

Ou o acaso resultante deste causo?

Quando o desproposital resulta no tudo...

Estamos possívelmente apaixonados...


Bjosss TE GOSTO MUITO...


Di''Carlos